Sábado à Luta

Free Live escreveu:Ok, tás perdoado

Diogo escreveu:Eu acho que deviam retirar o Sabado do nome, ja que da ao Domingo

Diogo escreveu:Eu acho que deviam retirar o Sabado do nome, ja que da ao Domingo

"Vamos continuar a ser animais de rua"

Os Homens da Luta estão "mais quentinhos" em estúdio. Protestavam na SIC, aos sábados à tarde, mas as audiências levaram-nos, como eles dizem, para os domingos. Decisão contra a qual... não protestam.

Escada abaixo, escada acima, ora empunhando o megafone ora olhando para as notas. Era neste corrupio que andava Jel, Nuno Duarte, durante mais de uma hora e em vésperas de começar o ensaio do primeiro Sábado à Luta. Vestido a rigor como manda o típico camarada pós-25 de Abril de 1974, e já com o cabelo bem coladinho à cabeça, o humorista distribui sorrisos.

Vasco Duarte, também caracterizado a rigor, surgia mais descontraído. O relógio dos estúdios da Valentim de Carvalho, em Paço de Arcos (Grande Lisboa), marcava 14.30 de sexta-feira e os Homens da Luta estavam prontos para o ensaio final. Uma derradeira prova antes da gravação do primeiro episódio, o que iria acontecer nesse mesmo dia. Hoje, já lá vão sete emissões e uma mudança a registar: o programa é exibido uma hora mais tarde, passou das 23.00 para as 24.00, levando-os a dizer, com graça, que "Eis o Sábado à Luta agora ao domingo!"

Uma decisão que Nuno Duarte, Neto de Homens da Luta, não contesta. "Esta mexida não nos apanhou de surpresa e não é a primeira vez que isto acontece, não é a nossa função programar. A razão para a alteração é a guerra das audiências e a SIC é um canal privado", afirma, garantindo que o essencial - "a liberdade total para trabalhar", diz Jel - está garantido.

"Mais do que ter um programa dado pela SIC, Sábado à Luta é um formato que conquistámos", diz Nuno Duarte. "Há dois ou três anos que andamos a chatear a direção [de Programas]. Acho que foi um bocado a nossa persistência. Por outro lado, deram-nos a oportunidade de estarmos no Gosto Disto, o que agarrámos com unhas e dentes e correu bem. Se calhar, viram que éramos uma aposta e agora temos a bola do nosso lado com este programa", declarou, sorridente, Nuno Duarte. Para Falâncio, Vasco Duarte, o tempo é de diversão, sobretudo quando não se sabe o amanhã. Na verdade, juntos vão espalhando graçolas pelo estúdio, mas, quando as câmaras se ligam, a dupla só tem sorrisos para "os camaradas, pá!", ou seja, o público.

O rosto só se fecha quando os detalhes não estão conforme o desejado. Durante duas horas de ensaio final, e já depois das 17.00, só a ficha técnica ia tirando do sério Neto e Falâncio. Por ser tão longa, a música do programa não acompanhava os nomes de diretores e patrocinadores até ao final. "Eu não compus a música para isto", queixou-se Vasco Duarte. Jel, tal como a sua condição indica, também protestou, mas lá se encontrou a melhor fórmula para chegar a consenso.

Desde os cenários, ao modo como a câmara foca os humoristas e os acompanha pelo estúdio, foi tudo decidido pelas partes. "Decidimos recorrer a esses planos para podermos ter mais dinâmica num programa em que os Homens da Luta se apresentam como anfitriões. Queremos que as pessoas se sintam na sala de estar, é uma visita guiada", argumenta.

"Estamos mais quentinhos"

O que mudou com a chegada a estúdio? Para Jel é simples: "No estúdio estamos mais quentinhos, sobretudo no inverno", graceja. Promete, porém,"trazer o espírito da rua para dentro do estúdio". Como? Uma das técnicas é - nas palavras de Jel - "continuar a falar alto, de forma histriónica, ter as pessoas a gritar".

Vasco Duarte, numa pausa da guitarra, vai mais longe: "Vamos continuar a ser animais de rua, embora possamos começar a fazer mais coisas indoor." Aliás, a produtora Ana Paula Reis diz mesmo que "a maior parte das cenas continua a ser feita fora de estúdio", sketches que são, na sua maioria, gravados no início de cada semana. E de preferência para décors naturais, quanto mais não seja pelas contingências dos cortes. "Não pode ser um formato muito caro, a crise por que estamos a passar obriga-nos a usar o máximo de criatividade", refere.

Programa de humor 'low cost'

Dinheiro é um assunto sobre o qual Jel não se alonga. Admite que o cachê é maior do que nos tempos de Vai Tudo Abaixo!, na SIC Radical, mas sublinha que Sábado à Luta continua a ser um programa, quando comparado com outros, low cost. Mas isto é degrau a degrau... Um aumento que o humorista diz preferir "aproveitar e ter a hipótese de trazer a banda para estúdio, ter produção e usar isso para a coisa crescer".

Orgulhoso do formato, diz que chegar a estúdio "é o resultado de um longo trabalho" e por isso tem "outro sabor". "Nunca nada foi fácil, sobretudo agora... vamos ter de voltar a provar, sempre foi assim", diz.

NC10 escreveu:Faz perto de 20%? Só fez mais de 20% na primeira semana. De resto anda nos 15-18%. É um flop. Um filme é bem mais barato e se for escolhido faz mais!

NC10 escreveu:Eu também não desgosto do programa, mas acho que isto não é programa para sábado à tarde.

Dava era um bom programa para o daytime de seg. a sex. nos meses de Verão...