Literatura

Também adorei o Expresso do Oriente. Uma vez que gostas desse, deves gostar facilmente destes da mesma autora:

- O Assassinato de Roger Ackroyd (resolução quase "chocante")
- Morte nas Nuvens (também surpreendente)
- Morte no Nilo (o meu favorito dela)


Já li outros dela, mas estes a par dos que já foram mencionados são, a meu ver, os melhores.

Parem de aumentar a minha lista de livros para comprar.

Se não quiseres não compras

Confesso que não compreendo o tremendo sucesso d'A Rapariga Que Roubava Livros. Numa coisa concordo em absoluto: está muito bem escrito, com um vocabulário muito diversificado. Mas tudo o resto não me agrada muito, desde a história em si à forma como é contada. Enfim, resumindo, o livro não tem um ritmo que me prenda. Prova disso é o facto de andar sempre com leituras paralelas. xD

Eu também achei parado. A maneiras como é narrado não ajuda a dar ritmo. No entanto, gostei da história, da escrita e a partir do meio consegui ligar-me às personagens. Mas considero que o livro é muito sobrevalorizado. Quando o li as expectativas eram altas, por isso, é normal que estivesse à espera de melhor.

Eu estou sensivelmente a 60% do livro. Agora também me agarro mais às personagens.
Não é que ache a história má, mas continua um pouco banal, a meu ver. Deixa lá ver como será daqui para a frente.

Mais duas opiniões:

O Punhal do Soberano
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O segundo volume da Saga do Assassino da Robin Hobb. Uma boa fantasia, a autora faz o mundo ser bastante credível e as personagens ricas, mas tirando uma ou outra saída do castelo para combater Forjados (pessoas sem alma), o protagonista esteve sempre preso a dilemas morais e a tentar descobrir as conspirações da corte. Mas como o volume original foi dividido, espero que o próximo tenha mais ação.

Duna
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Livro de Frank Herbert dos anos 60. Serviu de inspiração à saga Star Wars e foi adaptado para cinema pelo David Lynch, com pouco sucesso, em 1984. O livro é um marco da ficção científica e muito original na época em que foi escrito. O Império controla o universo, mas os Atreides ganham poder. Por isso, o Imperador alia-se aos Harkonnen, os eternos rivais dos Atreides, e encurralam a família ducal no planeta Arrakis. O duque Leto é morto, mas a mulher, uma bruxa Bene Gesserit, e o filho, o sobredotado Paul, conseguem fugir para o deserto e preparar a sua vingança. Achei algumas partes confusas e a religião poderia ser melhor concebida, mas é um livro muito bom e que se foca muito em factores ecológicos. Uma obra visionária.

Neste momento estou a ler Os Leões de Al-Rassan do Guy Gavriel Kay e A República de Ladrões, terceiro volume dos Cavalheiros Bastardos de Scott Lynch.

Impressionante como ando viciado em Agatha Christie. Tenho 'comido' os livros dela como nunca lera outro tipo de livros. 5 estrelas para 'Um Crime no Expresso do Oriente', 4,25 para "Os Crimes do ABC" e provavelmente entre 4 e 4 e meia para o que estou a ler agora, 'Café Negro'. Hoje de manhã fui comprar mais três, 'Anúncio de um Crime', 'O Assassinato de Roger Ackroyd' e 'Os Treze Enigmas', para me entreter na Suíça.

Samuel escreveu:Impressionante como ando viciado em Agatha Christie. Tenho 'comido' os livros dela como nunca lera outro tipo de livros. 5 estrelas para 'Um Crime no Expresso do Oriente', 4,25 para "Os Crimes do ABC" e provavelmente entre 4 e 4 e meia para o que estou a ler agora, 'Café Negro'. Hoje de manhã fui comprar mais três, 'Anúncio de um Crime', 'O Assassinato de Roger Ackroyd' e 'Os Treze Enigmas', para me entreter na Suíça.

Agatha Christie é muito boa Eu nunca li muito Poirot, mas li quase todas de Miss Marple e quando foi, li tudo de seguida. Agora já nem me lembro que história pertencia a qual livro

As minhas últimas leituras:

Sin City (A Grande Matança)
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Banda-desenhada muito boa. Já tinha visto esta tira no primeiro filme, mas a b.d. está muito melhor. Adoro Frank Miller. Aqui um polícia agressivo tenta violar a namorada, que entretanto já o deixara, mas quando chega a casa dela está lá o Dwight, o herói da história, que anda a dormir com a miúda. O Dwight desanca-o e aos amigos, e eles fogem para a cidade velha, dominada pelas prostitutas. É aqui que a coisa dá para o torto e o Dwight tem de as ajudar a preservar a paz entre elas e a polícia.

República de Ladrões, The Gentleman Bastards #3
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Pois, eu pertenço àquele grupo de fãs acérrimos do autor Scott Lynch em Portugal. Como sabem, só o primeiro da saga, As Mentiras de Locke Lamora, foi editado por cá, mas era impossível deixar de ler a saga e tenho a sorte de me conseguirem arranjar em pt-br. Este volume foi ainda melhor que o anterior. Um mundo baseado na Itália e Grécia da época renascentista, com elementos alquímicos, muitas construções feitas de vidro e os terríveis magos-servidores. Este mundo foi criado pelos Ancestres (extraterrestres), que por alguma razão o abandonaram para sempre. Neste mundo tão rico e complexo, há um grupo de vigaristas liderado pelo fantástico Locke Lamora, pequeno, franzino mas de uma mente genial e um charme fantástico. Ele é o maior ladrão de todos os tempos e não há quem lhe consiga resistir. O autor tem uma escrita suave e brilhante, com o detalhe atraente de Dan Brown e um humor ácido sempre permanente. Adoro, adoro, adoro. E neste volume, conhecemos o amor de infância do nosso protagonista, uma vigarista ainda mais matreira e apaixonante. Os dois terão de manipular as votações nas eleições de Kartane, mas cada um foi contratado para um partido distinto. No entretanto, terão de esconder o que ainda sentem um pelo outro, e ser bem-sucedidos na sua tarefa... ou terão de prestar contas aos magos que os contrataram.

Continuo a ler Os Leões de Al-Rassan e Guy Gavriel Kay continua a não me convencer como escritor... Tenho para ler dele também a segunda parte de Tigana, e a Rapariga no Comboio de Paula Hawkins.

Também já li o Sin City: Grande Matança e também achei boa. Só que eu adoro o filme, então achei que a minha leitura foi um pouco afectada pelas imagens que tinha do filme (não sei explicar bem xD)

NF escreveu:

Samuel escreveu:Impressionante como ando viciado em Agatha Christie. Tenho 'comido' os livros dela como nunca lera outro tipo de livros. 5 estrelas para 'Um Crime no Expresso do Oriente', 4,25 para "Os Crimes do ABC" e provavelmente entre 4 e 4 e meia para o que estou a ler agora, 'Café Negro'. Hoje de manhã fui comprar mais três, 'Anúncio de um Crime', 'O Assassinato de Roger Ackroyd' e 'Os Treze Enigmas', para me entreter na Suíça.

Agatha Christie é muito boa Eu nunca li muito Poirot, mas li quase todas de Miss Marple e quando foi, li tudo de seguida. Agora já nem me lembro que história pertencia a qual livro

Comprei dois da Marple, mas duvido que supere a personalidade do Poirot. A ver vamos.

urban. escreveu:Também já li o Sin City: Grande Matança e também achei boa. Só que eu adoro o filme, então achei que a minha leitura foi um pouco afectada pelas imagens que tinha do filme (não sei explicar bem xD)

Eu por acaso já tinha visto o filme e não associei. Só depois de ler a bd toda percebi que já tinha visto aquilo lol

Samuel, experimenta, a velhota é genial

Balanço de Leituras:

Os Leões de Al-Rassan
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Livro isolado de Guy Gavriel Kay. É um livro que não sei bem como avaliar. Retrata a Península Ibérica à data da Reconquista Cristã, mas dá nomes fictícios a cristãos, islâmicos e judaicos, aos deuses e os personagens são ficcionais. O mundo não tem apenas uma lua, mas duas, chamadas também de irmãs do deus. A premissa é muito interessante, a escrita do Kay também é boa, os personagens muito bem desenvolvidos mas... este autor continua a não me convencer. Tem ideias excelentes, uma escrita muito competente e por vezes até comovente, mas também é confuso. Não há um livro que eu leia dele que perceba a história nos primeiros capítulos. Não há apresentação de personagens, dos conflitos existentes, caímos de pára-quedas em diálogos sem saber sobre o que estão a falar. É um autor muito confuso, mas também não lhe tiro o mérito no que diz respeito às ideias, à escrita, e aos finais surpreendentes.

A Rapariga no Comboio
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É um êxito sem precedentes nos E.U.A. É o primeiro livro que leio de Paula Hawkins, não sei se escreveu mais algum. É-nos contado na primeira pessoa, sob três pontos de vista. Uma rapariga alcóolica, que anda diariamente de comboio, começa a criar uma relação empática com um casal que vive à beira do comboio, num sítio em que ele pára sempre. Inventa-lhes nomes e personalidades, mas a vida dela muda quando um dia testemunha algo de estranho naquela casa, com aquelas pessoas. Mas quem vai acreditar numa louca alcóolica, e de que modo o seu passado pode estar intimamente ligado ao daquelas pessoas, mais do que ela pode imaginar? É um livro de leitura compulsiva, só ficamos descansados quando chegamos ao fim. Posso dizer que como thriller é vulgar, o "assassino" previsível, a escrita é fluída e direta mas muito simples, ainda assim os personagens são riquíssimos e facilmente identificáveis. Não é vulgar, mas dei-lhe 5 estrelas no Goodreads, simplesmente porque me fez ficar acordado muitas horas à noite e houve situações e citações que me disseram muito. Para além do género literário, do qual sou fã.

De momento voltei ao Guy Gavriel Kay para ler a segunda parte do Tigana... e mais uma vez não percebo patavina da história, pouco ou nada está relacionado com o que li na primeira parte... vamos ver como melhora. Para setembro devo continuar com fantasia, tenho para ler O Império Final de Brandon Sanderson, O Feiticeiro e a Bola de Cristal, 4.º volume da Torre Negra de Stephen King e A Corte dos Traidores, 3.º volume da Saga do Assassino de Robin Hobb. Entretanto devo adquirir algum outro género para ir entremeando.

NF, não és tu que andas a ler ''A Rapariga no Comboio''?

Estou a meio e apesar de não ser o meu género de escrita preferido, tenho gostado do ritmo.

Edu escreveu:NF, não és tu que andas a ler ''A Rapariga no Comboio''?

Estou a meio e apesar de não ser o meu género de escrita preferido, tenho gostado do ritmo.

Já li, está no comentário acima

Só tinha reparado no primeiro livro. Em breve, dou opiniao sobre o teu comentario.

Ok

Estive a ler a Filha do Sangue mas não acabei, é muito pesado pra mim e as personagens sao demasiado detestáveis e pouco me interessa o que lhes acontece.

Peguei num livro de um dos meus autores favoritos: Kafka a Beira Mar, do Murakami! Este autor deixa-me sempre fascinado com a beleza e profundidade da sua escrita...

NF escreveu:Balanço de Leituras:

A Rapariga no Comboio
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É um êxito sem precedentes nos E.U.A. É o primeiro livro que leio de Paula Hawkins, não sei se escreveu mais algum. É-nos contado na primeira pessoa, sob três pontos de vista. Uma rapariga alcóolica, que anda diariamente de comboio, começa a criar uma relação empática com um casal que vive à beira do comboio, num sítio em que ele pára sempre. Inventa-lhes nomes e personalidades, mas a vida dela muda quando um dia testemunha algo de estranho naquela casa, com aquelas pessoas. Mas quem vai acreditar numa louca alcóolica, e de que modo o seu passado pode estar intimamente ligado ao daquelas pessoas, mais do que ela pode imaginar? É um livro de leitura compulsiva, só ficamos descansados quando chegamos ao fim. Posso dizer que como thriller é vulgar, o "assassino" previsível, a escrita é fluída e direta mas muito simples, ainda assim os personagens são riquíssimos e facilmente identificáveis. Não é vulgar, mas dei-lhe 5 estrelas no Goodreads, simplesmente porque me fez ficar acordado muitas horas à noite e houve situações e citações que me disseram muito. Para além do género literário, do qual sou fã.

ADOREI esse livro. Concordo com tudo o que disseste.

Finalmente vou pegar no 1984!! Ye! Espero gostar.

Mais opiniões:

A Voz da Vingança, Tigana #2
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O segundo e último volume da obra de fantasia de Guy Gavriel Kay. À semelhança de outros livros do autor, achei o princípio extremamente confuso, embora fosse uma continuação. Tigana é um país arrancado aos seus habitantes pela força e pela magia, renomeado como Baixa Corte, condenando todos os que se lembram dos seus tempos áureos à saudade e à letargia. O príncipe Alessan procura desesperadamente aliados para fazer face aos dois tiranos feiticeiros que competem entre si por toda a região, mas a tarefa não se adivinha fácil.
É um livro com um registo sempre similar, muito bem fundamentado e coeso mas ao mesmo tempo melancólico. Gostei do final, mas não gostei muito do livro no seu todo.

O Império Final, Mistborn #1
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Tinha as expectativas um pouco em baixo para este Mistborn e surpreendeu-me bastante pela positiva. O mundo não é muito credível, mas foi o que baste para me agarrar à história. Há milénios atrás, um Herói foi profetizado para combater a Profundeza e salvar o mundo. Mas as histórias contam que, ao salvá-lo, o que ele trouxe foi a desgraça. De dia, a cinza cai. A noite é coberta de brumas. E é na noite que eles - os nascidos das brumas - revelam os seus poderes. Através dos personagens Vin e Kelsier, somos apresentados a um sistema de magia brilhante, a alomância. Brandon Sanderson não é nenhum génio literário, mas a confirmação da reputação como "senhor sistemas de magia", aliada uma narrativa coerente e sólida, põe este Mistborn: Nascida das Brumas, como uma saga a seguir e sem dúvida, o Império Final é um dos livros que mais me surpreendeu este ano. Apesar de manter sempre uma toada juvenil e toda a história cheirar a religioso (Kelsier é o Cristo dos oprimidos skaa), todo o cenário é bastante negro e a esperança é uma luzinha ao fundo do túnel. O meu destaque mais positivo vai para os incríveis Inquisidores de Aço e acima de tudo para o bando do Kelsier, e que bando. Em breve conto adquirir o segundo livro da saga.

Neste momento, estou quase a meio da antologia A Sombra Sobre Lisboa.

Mais opiniões:

A Sombra Sobre Lisboa
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É uma antologia muito interessante, de vários autores portugueses e um ou outro internacional, que formaram contos inspirados na obra de H.P. Lovecraft passados na nossa Lisboa. Para mim os melhores contos foram o do João Seixas, o do João Barreiros, o do David Soares e o do Rhys Hughes. O João Seixas tem um dos maiores contos do livro. A escrita dele ao princípio parece forçadamente erudita, mas torna-se extremamente fluída, sem perder nunca uma riqueza de vocabulário excecional, e paralelamente a isso a história é deliciosa. Protagonizada por Eça de Queirós, o conto mostra-o como um herói numa cruzada em estilo policial antigo contra bruxas e zombies. Muito bom mesmo. O João Barreiros, por sua vez, cada vez mais se torna um dos meus autores portugueses preferidos. A sua erudição em ciências está sempre lá, numa ficção científica consistente, credível, e acima de tudo, irónica. Ele consegue sempre ridicularizar os seus protagonistas: este conto passa-se num futuro pós-apocalíptico. Lisboa já foi tomada pelos Yog-Sogoth, mas em Cascais ainda existem humanos, e um deles faz viagens no tempo, para momentos em que o tempo está parado, e aproveita para fazer as suas escapadinhas e violar os corpos estáticos que encontra pelo caminho para saciar as suas necessidades sexuais. E depois há sempre uma voz da razão, que é o amigo dele, e o objetivo final, que é a ex-mulher que o tinha deixado antes do apocalipse mas continua a ser uma obsessão que... não acaba muito bem. Mais um conto delicioso. O conto do David Soares mostra-nos os rituais de uns homenzinhos minúsculos extremamente desagradáveis, e a forma como o sismo de Lisboa está relacionado aos cultos inomináveis e ao domínio da Terra. Até a estátua do Marquês de Pombal tem um simbolismo muito próprio. E uma cena de castração foi deliciosamente nojenta. O conto de Rhys Hughes, de inferior qualidade, foi o mais cómico de todos. Uma rebuscada conspiração à tuga para apanhar o mítico Cthulhu, só para fazer arroz de polvo. Em contrapartida, houve contos mauzinhos, e alguns que foi mesmo um suplício lê-los.

Lisboa Triunfante
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Um livro de David Soares. Surpreendeu-me imenso. É um livro que atravessa Lisboa em todos os espaços temporais, começa a contar a história de um menino no neolítico, apresenta-nos vários personagens ao longo da história de Lisboa, como Aquilino Ribeiro, Sá de Miranda, Frei Gil Valadares, com papéis muito importantes na narrativa, e não como simples figurantes. Mas é um livro de fantasia, de imaginação, carregado de simbolismos, desde o pré-histórico aos templários, pegando em tantas histórias verídicas e com uma pesquisa notável do autor, embora para o seu proveito narrativo, interligadas numa história rocambolesca. É que tudo gira à volta de uma raposa e de um lagarto, que interferem no destino do mundo desde a sua génese. Não é um livro comum, é quase uma obra de arte. E não é um livro de se engolir facilmente, não é para todos os estômagos. Ele é violento, ele contém verdadeiro terror, sexo, sangue, suor, e coisas que batem certas sem o serem. É o triunfo da imaginação, passado numa Lisboa intemporal. E não fica nada por responder. O autor fechou a narrativa recorrendo à ficção científica, mas bateu tudo tão certo... Adorei. Acho que tive mais medo da raposa do que do lagarto, apesar de achar que a intenção era precisamente o inverso Uma excelente leitura, de um autor nacional.

Neste momento estou quase a terminar o 4.º volume da Torre Negra de Stephen King, o Feiticeiro e a Bola de Cristal.

Opiniões:

O Feiticeiro e a Bola de Cristal
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4.º volume da Dark Tower Saga de Stephen King. É um livro que me deixa excelentes recordações e me dá vontade de continuar a saga, apesar de ter sido uma leitura cansativa, porque a história podia ter sido contada em metade das páginas. Pois, são 840 páginas, e a maioria é a contar uma história do passado do protagonista, uma história de amor no faroeste do Mundo Médio. No entanto, vamos perceber que aqueles enredos tiveram uma razão de ser e o final deixou-me de água na boca. Também notei bastante que o autor estava um pouco perdido na narrativa por esta altura do campeonato.

A Tumba
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Conto de terror de H. P. Lovecraft. Extremamente envolvente e negro, a sensação que fiquei ao ler o conto foi que dedos negros estavam a fazer cócegas nas minhas entranhas, mas em momento nenhum cheguei a sentir terror. É um conto mórbido e carregado, sobre um homem internado num asilo psiquiátrico, que em jeito de autobiografia fala da sua infância e com normalidade aponta as coisas "não vivas" que lhe despertavam interesse, em especial uma sepultura de família que ele venerava com uma obsessão doentia. Gostei bastante dos acontecimentos em torno dessa sepultura, mas fica no ar a incerteza sobre se o homem era louco ou se aquilo foi real.

A Corte dos Traidores
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3.º volume da Saga do Assassino da Robin Hobb. É uma saga "fofinha", num ambiente medieval, com personagens de nomes estranhamente pitorescos (Sagaz, Paciência, Renda, Coparede, Bobo, Majestoso, Veracidade, Breu, etc...), e uns estranhos Navios Vermelhos que se passeiam pela costa para escravizar as populações, tornando-as uma espécie de zombies - os Forjados. A escrita de Robin Hobb é fluente e as relações humanas são extremamente bem retratadas, não é à toa que Hobb é chamada a Primeira Dama da Fantasia. Ainda assim, e apesar de este volume ter bem mais ritmo e acontecimentos de destaque em volta do protagonista Fitz (um príncipe bastardo com o poder de se comunicar com animais), não consigo gostar muito. Talvez porque esteja numa altura em que aprecio narrativas perturbadoras, violentas, que mexam comigo. Este livro só mexeu no sentido que odiei grande parte dos personagens. Vou concluir a primeira saga (5 livros), mas não seguirei para a segunda.

Vou começar O Poço da Ascensão, 2.º da Saga Mistborn - Nascida nas Brumas de Brandon Sanderson

Encomendei mais dois livros da Agatha Christie ("As Dez Figuras Negras" e "O Misterioso caso de Styles") e um da Gylian Flynn ("Em Parte Incerta"). Aproveitei a Black Friday da Wook e acabei por não pagar um livro, o que compensou os portes de envio.

Samuel escreveu:Encomendei mais dois livros da Agatha Christie ("As Dez Figuras Negras" e "O Misterioso caso de Styles") e um da Gylian Flynn ("Em Parte Incerta"). Aproveitei a Black Friday da Wook e acabei por não pagar um livro, o que compensou os portes de envio.

Vais amar o Gone Girl! É brutal... O filme também é qualquer coisa de incrível!