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Perfume Negro

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Perfume Negro - Página 5 Empty Re: Perfume Negro

Dom Jan 13, 2013 6:56 pm
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Hélio e Patrícia reencontram-se outra vez e é dada a notícia:
- Estou o quê?!

- Como assim? – perguntava Hélio, com um ar desconfiado
- Sim, é verdade, a senhora Patrícia está grávida - diz o médico, pensando ser uma coisa positiva
Os dois olham-se um para o outro, chocados… Hélio e Patrícia ainda não tinham tido nenhum relacionamento íntimo, não queriam correr o risco de ter um bebé naquela situação. Era impossível Patrícia estar grávida. E Hélio começa-se a questionar se Patrícia lhe foi infiel, se foi para a cama com outra pessoa, se tiver neste momento um amante com quem o anda a trair.
- O quê?! Tu não me podes fazer uma coisa destas! – gritava Hélio furiosamente, com as duas mãos a segurar a cabeça – Tu enganaste-me!
- Não, querido… estás a perceber tudo mal – explicava Patrícia, com esforços para tentar falar mais alto
- Cala-te! É impossível estares grávida de mim, nunca fizemos amor – dizia Hélio, enquanto o médico saía cautelosamente do quarto
- Estás-me a assustar, pára com isso!
Hélio levanta a mão à própria noiva, mas o médico chegou a tempo e volta para evitar o pior!

Valentina dá um grande suspiro e chama Laurinda! Pergunta-lhe onde raio estava o homem, como é que fugiu da cave. Laurinda explica tudo à patroa, dizendo que foi tudo um truque, que já sabia que Sofia estava a conversar com ela no salão e que Igor já tinha voltado ao seu lugar, novamente preso, até confessar mais alguma coisa. É claro que Laurinda estava a mentir, simplesmente atendeu ao pedido de Igor para ir à casa de banho, neste caso, à casa de banho da própria cave. Valentina não sabe se acredita ou não, e manda logo um raspanete à empregada em forma de palavrões! Logo de seguida, e para amolecer a situação, pede com jeitinho para que Laurinda vá preparar uma refeição decente, pelo menos naquela vez da sua vida, para dar ao homem. Valentina não gosta de causar má impressão aos “convidados”…
Laurinda vai preparando a comida, mas é distraída com o Carteiro. Esboça um sorriso apaixonado ao rapaz de mala às costas e cartas na mão e, sem querer, despeja quase um oceano atlântico inteiro de sal em cima da sopa que estava a preparar. Refila consigo própria e, para além de estar aos berros, ainda causou má impressão ao seu futuro marido, nos seus sonhos… Pensa um bocado e começa a despejar as reservas todas de açúcar que há em todo o Portugal! Pensando ter resolvido o problema, vai entregar, com toda a confiança, a sopa feita por si. Quase que envenenava o homem!
Valentina vê a situação e já nem sequer queria saber, o importante era pedir ajuda para procurar o seu perfume. Chamou Laurinda novamente para junto de si e pergunta-lhe onde está o perfume! As duas começam pelo salão… depois foi a cozinha e os quartos, não faltando por último, todas as casas de banho da mansão. Mas nem sinal dele! Laurinda acaba por confessar que ainda não percebeu do que é que estão à procura:
- Patroa, mas estamos exactamente à procura do quê?
- Ò mulher, estás com a cabeça na lua? Ouviste alguma coisa do que eu disse? – perguntava Valentina, já a pensar em ter que voltar a procurar em todo o lado – É um perfume… ou melhor aquele perfume, o meu perfume, se é que me entendes!
- Ainda não estou com a matéria toda dada, mas disse quantas vezes perfume?
- Ah! Tu irritas-me, chiça! O raio do perfume “mágico”, uma receita especial da minha mãe que geria, com o meu pai, a minha empresa quando era vivo! Já percebeste qual é?
Laurinda puxa pela cabeça até que chega a uma conclusão, e pensa para si mesma:

- Não pode ser!
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Dom Jan 13, 2013 7:03 pm
Onde raios está o perfume?
Coitada da Patty Laughing
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Dom Jan 13, 2013 7:04 pm
Também estou a gostar!
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Dom Jan 13, 2013 7:27 pm
Tenho alguma "dificuldade" em acreditar na "bondade" da Laurinda sinceramente...
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Seg Jan 14, 2013 12:00 am
Siu escreveu:Também estou a gostar!

Obrigado e continuem a ler! Very Happy
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Seg Jan 14, 2013 11:31 am
Gostei Wink
Tvimagazine quantos eps tem "Perfume Negro"?
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Seg Jan 14, 2013 3:41 pm
Tem 25.

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Qua Jan 16, 2013 7:25 pm
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Laurinda pára por um momento e lembra-se:
- Não pode ser!

- Ela não pode ser a minha filha! – pensa Laurinda, chocada com a descoberta
- Vá, deixa-te de birras e procura-me isso como deve ser – grita Valentina, enquanto Laurinda continuava estática – porque é que ficaste assim? Sabes de alguma coisa? Eu não acredito, foste tu, minha besta… ai meu Deus, reza para toda a gente porque não passas desta noite!
- Não, não minha senhora! – esclarece Laurinda, enquanto tenta disfarçar a situação – esqueça… esqueça… deixe-se estar, eu procuro o seu perfume.

No quarto do Hospital, o clima de tensão subia… Hélio é parado pelo médico antes que batesse na sua mulher! Patrícia nem queria acreditar no que Hélio lhe ia fazer até que entra na onda e sai da cama como se estivesse, milagrosamente, tudo bem:
- Seu estupor, sim… tu! Não me venhas com conversinhas para desviar a conversa. Tu, sim, é que andas com outra. Explica tudo e é agora!
- Agora atiras as culpas para mim? Eu que te salvei do teu pior pesadelo na Índia, eu que estive sempre do teu lado… nem sequer sabia onde andavas. Chegas-me a casa, salvo seja, completamente bêbada dos rins à cabeça e eu é que tenho de dar explicações?! - censura Hélio, revoltado
- Acho que não preciso de dizer mais nada! Isto nunca vai dar certo, é o destino! Não nos quer juntos, acabou tudo! E não é nenhuma brincadeira de crianças, tu estás riscado da minha vida! – jura Patrícia, forçada pelo médico a deitar-se de novo na cama

Laurinda deixa a patroa na sala a descansar e apressa-se a encontrar o perfume! Desarrumou, de novo, toda a casa à procura do maldito perfume, aliás, do seu perfume. Laurinda ainda não queria acreditar que durante todos estes anos esteve a viver na mesma casa que a sua filha, ouvindo histórias de que estaria morta sem se aperceber que estavam a falar de si própria… Começou a ver dois corredores, e depois três… Já não estava a ver coisa com coisa e entra na casa-de-banho, enxaguando a sua cara com água gelada. Recompõe-se e sai da casa-de-banho, decidida a contar tudo à sua filha!
Valentina descansa um pouco, esticando-se completamente no sofá do salão e abre os olhos. Não podia perder o perfume! Neste instante, a campainha toca, e sem a empregada à vista, Valentina rebola os olhos e num jeito de cansaço extremo, alcança lentamente a porta e abre-a. De surpresa aparece o, até então, desaparecido João, que já não punha os olhos na casa há algum tempo o que fez desabrochar uma cara severa por parte de Valentina, fula por ter fugido sem avisar ninguém:
- Tu?! Vê lá, não te queiras vestir de Pai Natal e passar os próximos cinco mil anos sem aparecer por cá… - brinca Valentina, mantendo a sua cara de mal-humorada
- Mil desculpas, quero estar contigo, ficar contigo.
- Mas afinal, onde é que tu andaste? – pergunta Valentina, curiosa por saber a resposta

Já se estavam a esgotar as desculpas de Hélio, estava mais do que afirmado que andou a enganar Patrícia. Ela já nem conseguia falar mais, o médico avisava repetidamente Hélio para que deixasse a sua mulher naquele momento… Os pulmões de Hélio começavam a ofegar, a sua cara já parecia o diabo! Não estava para continuar a conversa e, para que não se enterrasse mais, decide contar tudo, ali em frente há noiva e a todos, como se de um anúncio se tratasse:

- Eu nasci mulher!
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Qua Jan 16, 2013 7:47 pm
LOOOL looooool
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Sex Jan 18, 2013 8:08 pm
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7º Episódio - Domingo, 19h
8º Episódio - Quarta, 19h

Saiba algumas das curiosidades dos 2 episódios da próxima semana:
Spoiler:
E como sempre:
*Não aconselho a lerem, só se tiverem mesmo curiosidade Razz Senão, depois, perde a magia toda Laughing
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Sex Jan 18, 2013 8:42 pm
Hélio Rules Cool
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Dom Jan 20, 2013 8:27 pm
* Peço desculpa pelo atraso Razz
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Hélio esclarece tudo e todos, parando com a discussão:
- Eu nasci mulher!

O médico e Patrícia olham-se um para o outro, com os olhos quase a largarem a face:
- Como?! Rebobina lá… - pede Patrícia
- Sim, eu nasci como uma mulher – esclarece Hélio – não tenho o órgão sexual masculino, mas sim feminino… é impossível que tu estejas grávida de mim.
- Mas, mas… como… como é que é isso?
- Quando era pequeno, os meus pais mudaram-me o sexo, mas o órgão sexual nunca chegou a ser modificado…
- Espera lá! Por isso é que tu nunca quiseste fazer amor comigo, não era por causa da nossa situação. Como é que tu me pudeste esconder isto? Sai da minha vida, já! – grita Patrícia, completamente devastada – Seguranças, seguranças!
- O que estás a fazer?
Hélio foi despachado do Hospital em poucos segundos, deixando Patrícia de rastos depois de saber da notícia! E Hélio, sem saber de nada, deixou a sua noiva em coma, outra vez, em pleno hospital…

- Humm… mas o que é que isso interessa agora, amor? Vamos celebrar! – sugere João
- Celebrar o quê? Vá, diz lá…
- Valentina, eu saí há pouco tempo do Hospital, por favor não me faças muitas perguntas – mente João, tentando disfarçar a sua saída repentina com uma voz de sofrimento
- O que aconteceu, meu Deus? Estás bem, o que te doí? – pergunta Valentina, preocupada – Está claro, a sair daquela maneira de minha casa, eu bem vi a janela por onde tu saltaste…
Agora no quarto, e antes que João respondesse, foram interrompidos pelo toque do seu telemóvel. João pede a Valentina se pode ir para a sala atender a chamada. Ela deixa-o ir, ficando a pensar no que lhe tinha acontecido… atira-se para a cama, e liberta uma cara murcha depois de lhe terem interrompido.
João vai andando pela casa, a olhar atentamente para todos os movimentos e divisões, certificando-se de que ninguém o estaria a ouvir. Senta-se no sofá da sala e atende o telefone:
- Estou? Está tudo sobre controlo, ela não desconfia de nada!
- «É hoje à noite, não faças asneira! Espero tudo do mais limpo possível, tal como todos os teus trabalhos»
- Não se preocupe, eu já tenho a minha arma contra ela…
Enquanto isto, Laurinda esconde-se atrás de uma das colunas decorativas do salão e ouve a conversa. Questiona-se do que é que o namorado da patroa estaria a falar.
- É esta noite que a senhora dona Valentina vai perder tudo! – conta João à figura do outro lado do telefone, rindo-se
Laurinda afasta-se e apressa-se para junta da patroa. Mas antes, João consegue vê-la e chama-a à atenção:
- O que é que andas aí a fazer? – pergunta João, pegando com força no braço de Laurinda – É bom que não tenhas ouvido nada, senão… vais sonhar nunca ter nascido!
Laurinda, com medo, baixa a cabeça e continua o seu caminho. Tenta explicar a Valentina o que ia acontecer, mas os soluços e o pouco que sabia não ajudaram:
- Vá mulher, desembucha – pede Valentina, tentando acalmar a empregada
- Por favor, deixa o João! Ele só te quer mal. Por favor!
- Ò empregada de meia-leca que não sabe cozinhar nem uma omeleta e que me está a tratar por “tu”, repete lá
- A quem estou a tratar por “tu”?! A ti… filha!
Valentina fica boquiaberta e volta a cara para Laurinda:

- Mãe?!
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Qua Jan 23, 2013 7:04 pm
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Laurinda finalmente conta a verdade e Valentina fica de rastos:
- Mãe?!

- Sim, sou a tua mãe!
- Não, não pode ser! – exclama Valentina, com as duas mãos a segurar a cabeça – como é que é possível? Não pode ser a minha mãe!
- Valentina, sou mesmo eu…
- Então mas… como é que sabe que é a minha mãe?
- O perfume, o perfume fui eu que o fiz, juntamente com o teu pai!
- Não posso acreditar – enquanto alcança o ombro da, agora, sua mãe – Então mas e o pai, não sabes nada dele?
- Não filha, do teu pai ninguém sabe, morreu!
- Era o que esperava ouvir, tal como todos estes anos…
- Mas filha, por favor deixa esse tal “João”, eu ouvi uma conversa entre ele e outra pessoa. Hoje vai acontecer qualquer coisa e não é boa para os teus lados. Ele ameaçou-me! – avisa Laurinda, preocupada
- Está bem, se insistes eu falo com ele, mas por favor, tira esse avental. Que horror!

Valentina deixa a sua mãe a sós e tenta procurar João. Mas mais uma vez tinha desaparecido, tanto que Valentina dá um grito bem alto que fez eco por toda a propriedade e arredores… tal era a frustração de mais uma vez ter deixado o barco sair da doca.

Patrícia é de novo internada de urgência, depois de um segundo coma após a discussão. Hélio volta para o apartamento e começa a partir toda a mobília sem um pingo de misericórdia pelo barulho que estava a fazer para o resto da vizinhança. Atira-se para o sofá e ali fica, com a cara voltada, por uns 5 minutos. Levanta a cabeça e lentamente recompõe-se. Dirige-se à casa-de-banho e, com um movimento brusco, abre todas as torneiras, uma por uma. Depois, foi a vez da cozinha, tudo a deitar água ao mesmo tempo. Abre o closet, afasta as roupas penduradas e abre um compartimento secreto, retirando algumas imagens e um recipiente preto pesado. Abre a tampa do recipiente e começa a despejar um líquido por toda a casa, sem qualquer noção do que estava a fazer. Era gasolina, literalmente! Olhou para as fotos que trazia e folheou-as uma a uma, mirando todas elas com um ar de sofrimento. Deixou-se cair, arrastando-se pela parede, retirando, do bolso, um cigarro… acendeu-o e ficou a fumar por uns longos minutos. Afastou o cigarro do seu corpo, segurando-o na ponta, e olhou-o atentamente, semicerrando os olhos. Foi então, no instante antes de o poder deixar cair, que alguém bateu à porta. Suspirou, levantando-se lentamente e coxeou até à porta. Era Maria, a vizinha de cima. Estava a perguntar o que se passava… Hélio abriu a porta e rapidamente desmaiou ali em frente da senhora!
Não bastou muito tempo e, depois de umas estaladas de um lado e do outro, Hélio voltou a abrir os olhos! Maria não parava de fazer perguntas e, sem pensar, Hélio fecha-lhe os lábios com os dedos e dá-lhe um beijo, agarrando-se a ela com alguma dificuldade. O resto, o destino encarregou-se de os guiar…

Valentina continuava frustrada, mas rapidamente ia mudar! Estava alguém a bater à porta, de novo. Desta vez, e como tão zangada que estava, pediu à ex-empregada, a sua mãe, para ir abrir a porta. Laurinda já se encontrava nos preparos de uma pessoa na sua vida normal. Ao abrir a porta, o impensável aconteceu! Era João, e trazia companhia:
- Olá de novo, penso ter trazido alguém conhecido… ou não estou correcto?
Entrou o acompanhante, retirando o chapéu da frente dos seus olhos:

- Eu voltei!
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Qua Jan 23, 2013 7:10 pm
Não bastou muito tempo e, depois de umas estaladas de um lado e do outro, Hélio voltou a abrir os olhos! Maria não parava de fazer perguntas e, sem pensar, Hélio fecha-lhe os lábios com os dedos e dá-lhe um beijo, agarrando-se a ela com alguma dificuldade. O resto, o destino encarregou-se de os guiar…

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Qua Jan 23, 2013 7:21 pm
O episódio foi um tanto estranho... O.o
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Qui Jan 24, 2013 11:30 pm
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NOVOS HORÁRIOS:
9º Episódio - Domingo, 19h
10º Episódio - Terça, 19h
11º Episódio - Quinta, 19h

Saiba algumas das curiosidades dos 3 episódios da próxima semana:
Spoiler:
E como sempre:
*Não aconselho a lerem, só se tiverem mesmo curiosidade Razz Senão, depois, perde a magia toda Laughing
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Dom Jan 27, 2013 6:53 pm
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João regressa a casa de Valentina e não vem sozinho:
- Eu voltei!

Laurinda afasta-se da porta e junta-se à sua filha, ambas boquiabertas:
- Quem é, mãe?
- Tu?! Nobre? – pergunta Laurinda, ainda desnorteada
- Bem, pensei que ficassem mais contentes. Sim, sou eu! – esclarece Nobre
Valentina apressa-se para os braços do seu pai, mas é interrompida por Laurinda, que, desconfiadamente, achou por melhor não deixar a filha tocar no senhor. João aproveita a situação e vai para trás de Valentina… afasta Laurinda do seu lado, saca uma faca do bolso e, sem que Nobre se apercebesse, ameaça Valentina enquanto vai contando:
- É verdade! Encontrei o Nobre, não é um máximo? Agora sim já temos a família reunida: eu, tu, a tua mãe e agora o teu pai… tão lindo! Quer dizer que vamos poder casar, tal como tu querias, não é bebé? Não fales, não precisas de dizer nada, eu sei, estás comovida. Vamos ser felizes para sempre, até já me podes creditar no cartão os cem mil euros que me prometeste, não é?
As duas continuavam congeladas, ali no meio do salão… Valentina não podia negar nada!
- Bem, mas eu agora estou aqui, de novo, de carne e osso. Não, não estive morto, nada de isso! Voltei e vou tomar, de novo, as rédeas de tudo o que é teu, acho que não te irás importar certo? – pergunta Nobre, enquanto espera por uma resposta de Valentina - Vou tomar esse silêncio como um “não”
João larga Valentina e Nobre começa-se a aproximar da filha, em jeito de um abraço. A filha continua sem mostrar qualquer reacção, tal como a mãe, que também fora abraçada logo a seguir!
- Bem, agora se não se importam, eu preciso de me ir lavar
Laurinda esboça um sorriso e corre atrás do seu marido, finalmente, encontrado, ajudando-o a tomar um valente banho de água fria…

No salão, os dois ficam sozinhos. João volta Valentina para a sua frente e ameaça-a, novamente, com a faca bem junto ao colarinho!
- Porque é que me estás a fazer isto? – suplica Valentina, tentando perceber o seu objectivo
- Cala-te! Vais-me dar tudo o que eu pedir, ouviste? Agora fazemos parte de uma família! – afirma João, enquanto se ri maléficamente
Valentina tenta apaziguar a situação tentando roubar um beijo ao seu namorado, mas acaba por sofrer uma cotovelada. João afirma que não quer o seu amor para nada, que pode mudar o rumo da sua vida num ápice, sugerindo-lhe que ficasse bem quietinha.
- Quem te faz a folha sou eu, meu querido! – ameaça Valentina, dando um pontapé a João
- Au! – diz João, aflito e caído no chão – Não me provoques, eu sei de tudo! Já te disse que é melhor ficares quietinha no teu lugar e deixar-me fazer tudo o que eu quero.
- E porque é que eu haverei de te deixar destruir a minha vida?
João passa a faca pelo pescoço de Valentina, tornando a situação ainda mais assustadora para os lados dela, guiando-a até à cave. Antes de abrir a porta, anuncia à Valentina que sabe de todos os segredos escondidos naquela divisão. Abre a porta com alguma dificuldade e encaminha Valentina lá para dentro, largando-a violentamente no chão.
- Vá, onde é que anda o teu prisioneiro? Não me faças de estúpido, eu sei que o têm escondido aqui!
Valentina levanta-se do chão e afasta a poeira dos olhos. Olha em redor e, mais uma vez, o previsível tinha acontecido! Os dois olham-se um para o outro e os olhos matreiros de Valentina bastaram para dar a mensagem a João:

A cave estava vazia!
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Dom Jan 27, 2013 7:16 pm
Não gostei muito
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Ter Jan 29, 2013 9:00 pm
Fantasma Twisted Evil
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Ter Jan 29, 2013 10:53 pm
* peço desculpa pelo enorme atraso Shocked
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O plano de João estava estragado.
A cave estava vazia!
Valentina comenta o facto de o plano de João ter corrido mal e, rapidamente, dá-lhe um golpe na perna, ficando imóvel. Grita por Laurinda, que vem a correr da casa-de-banho, e pede ajuda para tratar do namorado:
- Rápido, traz os sedativos! – manda Valentina
- Mas filha, o que é que vais fazer?
- Vou-me livrar dele, não foi isso que tu me pediste? Rápido!
Laurinda encontra facilmente os sedativos e alcança uma seringa. Após ter sido injectado, em poucos segundos, João já dormia que nem um bebé. Valentina pede ajuda para levantá-lo e Laurinda fica cada vez mais assustada, mas continuando sempre a ajudar a filha… As duas levaram o corpo até lá fora, a rastejar pela relva ainda por cortar. No final do quintal da casa, nos subúrbios, passa um riacho… as duas começam a baloiçar o corpo para ganhar balanço mas Valentina interrompe:
- Mas espera lá… e o que é que fizeste de novo ao Igor? Ele não está na cave, outra vez – explica Valentina – não estou a gostar muito dessa vossa intimidade, humm…
- Eu?! Eu não fiz nada…
- Então, ele fugiu? De vez?
- Eu não sei se reparaste mas tens uma coisa nas mãos que é mais importante do que estarmos a pensar agora no outro – sugere Laurinda

As duas retomam o que estavam a fazer e atiram João pelo riacho fora, ainda sobre o efeito dos sedativos, com o objectivo de nunca mais aparecer na vida das duas! Com as mãos junto à testa, para servir de pala, Valentina certifica-se de que o corpo já não aparecia no horizonte, terminando o acto criminoso… Agora está na hora de esconder as provas, e o que há de melhor do que cortar o mal pela raiz?
- Mãe, chega aqui! Não te vás embora
- O que vem aí? – pergunta Laurinda, preocupada com mais uma ideia louca da filha
- Quando se corta uma planta, não se pode deixar a raiz, certo? Caso contrário, volta a crescer… Acho que temos mais trabalho para fazer – afirma Valentina, deitando uma gargalhada maléfica

Nobre está na banheira de hidromassagem do quarto da filha, chama Laurinda mas nada ouve. Começa a gritar e nem sinal de nenhuma delas, já que se encontravam a assassinar, literalmente, uma pessoa na parte de trás do quintal, como se nada fosse. Sai do banho, desconfiado, e enche o chão todo com água. Nuns preparos menos próprios, andou à procura de alguém pela casa toda… Até que se depara com Igor na sala! Estando de costas, não se apercebendo de quem era, Nobre começa a tremer e a pedir ajuda muito baixinho, como se tivesse a ser sufocado!

- Queres fazer o quê?! Sequestrar a inspectora?! – diz Laurinda, estupefacta com a decisão da filha - estás boa da cabeça, estás…
- Bem, eu estava a pensar em comprar umas batatas fritas, mas fizeste-me mudar de ideias! O plano é perfeito, ajuda-me! Ou queres que eu seja apanhada? – pergunta Valentina, esperando pela resposta da sua mãe

Entretanto, a mãe acaba por concordar com o plano da filha e começam a procurar a vítima! Laurinda ia todo o caminho com a cabeça a abanar em jeito de negação à loucura que vão cometer… mas continuando sem deixar de ajudar a sua filha. Valentina ia a guiar o carro, parando à frente da esquadra. Com muita sorte, apanharam Sofia no parque de estacionamento, bem lá atrás, num sítio sinistro e escuro, o ambiente perfeito para o que lhe iam fazer. Valentina sugere, à mãe, colocar o disfarce com a meia na cabeça e vão as duas. Rapidamente saíram do seu carro e correram para a frente do carro da inspectora, enquanto esta mexia no porta-bagagens. Ofegante pela correria que teve de dar, Laurinda começa a contagem para começar o sequestro. Num ápice, Valentina colocou um pano com veneno à frente da boca de Sofia, e Laurinda estica as pernas da inspectora para a deitar! Valentina vai buscar o carro para junto da mãe e da vítima, e começam a carregar Sofia para dentro do carro, levando-a dali!

Nobre pega num prato decorativo, em cima da mesa, e atira-o para o senhor estranho que estava na sala, tentando imobilizá-lo. Este vira-se e Nobre até deixa cair a toalha, deixando a cena num momento constrangedor para ambos:

- O que é que fazes aqui?
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Perfume Negro - Página 5 Empty Re: Perfume Negro

Qui Jan 31, 2013 6:29 pm
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Nobre consegue a atenção do homem estranho e rapidamente o reconhece:
- O que é que fazes aqui?

Igor desata-se a rir por Nobre ter deixado cair a toalha em plena sala de estar. Nobre recompõe-se rapidamente e cumprimenta o amigo, dando um grande abraço de amigos velhos. Os dois conversam e Nobre fica a saber que só agora é que Igor tinha encontrado a sua filha, que o tem mantido preso na cave, contando também que sabia de cor todos os lugares da casa e que fingiu que estava preso. Nobre conta que agora já não precisa mais dele e que ninguém pode saber que se conhecem, e é neste momento que Valentina e Laurinda entram em casa. Sem reparar em nada, Valentina abre cautelosamente a porta e é apanhada pelo pai! Fica de boca aberta. Laurinda, após se aperceber, rapidamente larga o corpo de Sofia no meio do jardim e finge de que está tudo bem…
- Podem-me explicar isto? – pergunta Nobre às duas, escondendo a identidade do amigo – o que faz este senhor aqui?
As duas não respondem e Nobre disfarça, limpando o pó do casaco do amigo…

Patrícia tem alta no Hospital, depois de ter estado em coma. Um coma ligeiro. Arrumou as suas coisas e preparou a sua saída do Hospital. Respirou o ar fresco e natural do exterior e voltou para sua casa… Ao chegar ao seu apartamento, reparou no estado em que a mobília estava e no cheiro intenso a gasolina, literalmente em toda a casa. Ao ter deixado a porta aberta, conseguia ouvir uns barulhos vindos das escadas. Fecha a porta, coloca uns óculos escuros e vai à caça! Vê Hélio a sair do prédio com uma mulher, escondendo-se para não dar nas vistas. Os dois entram num carro e Patrícia faz o mesmo, seguindo-os até um restaurante. Patrícia olha pela janela, para dentro do restaurante, e é naquele momento que os seus sentimentos se quebram ao reparar no beijo apaixonante que os dois davam na mesa à luz das velas, caindo no meio da calçada, chorando baba e ranho para toda a gente que passava.

Valentina e Laurinda apressaram-se para desviar as atenções e colocaram Sofia trancada na cave, já exausta do esforço para tentar falar por cima daquela tira de fita-cola que lhe prendia os lábios e da dor de tentar tirar aquelas cordas amarradas ao corpo. Sem muito alarido, Igor é compensado por Nobre e desaparece da cidade… Mais logo, acaba por confessar a Laurinda que Igor tinha sido contratado por ele para encontrar a sua filha Valentina, e valeu-lhe um grande estalo!

Não fosse já habitual, a campainha toca de novo e Valentina grita furiosamente que já não consegue mais ouvir aquela porta. Após ter aberto, do outro lado aparece Patrícia que corre imediatamente para os braços da irmã, completamente perdida e com um aspecto desleixado. Valentina, apesar de tudo, acolhe-a no seu ombro e ouve o que a irmã lhe diz:
- Por favor, desculpa-me! Eu fiz tudo errado, eu devia ter estado sempre ao teu lado.
- Não, eu é que fui uma grande estúpida no dia do teu casamento, não sei onde tinha a cabeça – confessa Valentina, enquanto Patrícia dava um suspiro e carregava ainda mais no choro – Então, mas o que se passa? Porque estás assim?
- Ajuda-me, por favor! O Hélio… o meu ex-marido…
- … Calma lá! “Ex-marido”?! Eu não acredito, estraguei mesmo tudo, não foi? Nunca devia ter-me intrometido no vosso casamento, sinto-me tão culpada
- Não, não… ouve-me! Vamo-nos sentar, por favor – sugere Patrícia, recebendo a permissão da irmã
E é quando as duas se sentam que Laurinda e Nobre aparecem, ela amuada por causa da mentira dele. Patrícia limpa os olhos e dá um pulo de espanto, ficando em pé!
- O que é isto?! O que é que ele faz aqui?!
- Calma, eu posso explicar – diz Valentina, aflita para tentar apaziguar a situação
- Que estás aqui a fazer, filha? – pergunta Nobre, com espanto
- Quem é esta, Valentina? – pergunta Laurinda, inocentemente, sem se aperceber da situação
Patrícia olha para Valentina com os olhos literalmente a arder, quase como se estivessem a derreter tudo à sua volta, e grita furiosamente:

- Como pudeste fazer uma coisa destas?
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Qui Jan 31, 2013 7:13 pm
Fazendo. Cool
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Sex Fev 01, 2013 10:20 pm
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12º Episódio - Domingo, 19h
13º Episódio - Terça, 19h
14º Episódio - Quinta, 19h

Saiba algumas das curiosidades dos 3 episódios da próxima semana:
Spoiler:
E como sempre:
*Não aconselho a lerem, só se tiverem mesmo curiosidade Razz Senão, depois, perde a magia toda Laughing


Última edição por tvimagazine em Sáb Fev 09, 2013 12:59 am, editado 2 vez(es)
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Perfume Negro - Página 5 Empty Re: Perfume Negro

Dom Fev 03, 2013 9:07 pm
* Mais uma vez atrasado Razz
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Patrícia pensa que Valentina lhe escondeu mais um segredo:
- Como pudeste fazer uma coisa destas?

- Isto não é o que estás a pensar!
- Não? Então o que é? Eu estava a pensar em dar-te um a oportunidade e tu desiludiste-me mais uma vez… eu não acredito nisto – grita Patrícia, irritada!
Patrícia larga os braços da meia-irmã e volta com a palavra atrás. Pegou em tudo o que estava na sua frente e atirou tudo de pernas para o ar… inclusive um copo que acaba por bater na face de Nobre, seu pai. Sai da casa com uma cara muito séria, mas logo após ter entrado no carro, começa a chorar e a bater com força no volante, tanto que a buzina não parava de tocar. Ligou o carro e saiu dali a alta velocidade. Valentina ainda tentou pará-la mas de nada serviu, já que a irmã não dava ouvidos a ninguém. Patrícia vai pela auto-estrada com a cabeça erguida, ombros encolhidos e olhos semicerrados, decidida a acabar com o namoro entre Maria e Hélio.
Sem precauções nenhumas, passava pelas passadeiras sem parar, rebentava com as cancelas das portagens, criava acidentes como quem jogava ao dominó… Ao chegar ao seu apartamento, já de noite, alcança as chaves do apartamento de Maria, ao enganar o porteiro de serviço, e consegue entrar dentro da sua casa. De biquinhos de pé, esgueirando-se calmamente pelas paredes como uma toupeira, chega ao quarto da nova namorada de Hélio. Pega numa almofada ali ao dispor e suavemente desliza-a para a frente da cara da vítima e, de súbito, começa a sufocá-la. Maria gemia e pedia socorro por entre o algodão da almofada até que consegue equilibrar os dois lados e começa a tentar tirar a almofada da frente da sua boca. Consegue finalmente parar com a loucura da vizinha e fica atordoada, dentro da cama:
- Ainda não é desta! Mas tu não sabes com quem te meteste – ameaça Patrícia, ofegante pelo esforço
- Saia daqui, já! – suplicava Maria, pegando num objecto afiado para fazer frente
- Eu saio, eu saio… - terminava Patrícia – mas fica sabendo, não vais conseguir o que queres do Hélio.
- Como assim? – questionava Maria
- Digamos que ele… tem… uma – dizia Patrícia, ao tentar explicar – é como uma de nós, pronto!
Patrícia abandona a casa da vizinha logo de seguida com um sorriso de revolta e deixa Maria confusa e paralisada com o objecto em frente. Uns segundos depois, Maria consegue perceber o significado daquilo que acabara de ouvir e fica boquiaberta. Tal foi o choque, que caiu na cama como um patinho!

Na casa de Valentina o clima continuava muito calmo depois do que aconteceu. Ao jantar, todos se olhavam uns para os outros. Nobre já não aguentava mais e levanta-se da mesa anunciando que vai ligar à filha! Valentina deseja boa sorte, resmungando num tom de ironia, enquanto continuava a comer…
Nobre deixa o seu lugar e dirige-se ao salão retirando o telemóvel de Laurinda do seu bolso, depois de lhe ter pedido, mas é interrompido por um barulho estranho vindo da cave:
- Ai, eu não acredito! Menino Jesus… acho que vou ter de começar a cobrar. Mas afinal é todos os dias?! Amanhã já ponho a tabuleta lá fora: “Arrenda-se, temos para todos”…
Nobre dirige-se, então, agora para a cave e encontra, mesmo, mais uma vítima da sua filha. Abana a cabeça em forma de negação às loucuras que Valentina comete e não ajuda a senhora, tal era o interesse.
Laurinda pede licença e levanta-se da mesa, para ir ao encontro do marido, que já há muito que não aparecia!
Sofia consegue abrir a porta da cave, depois de Nobre se ter esquecido de a fechar, e tenta ouvir a conversa entre este e Laurinda:
- Estás a ouvir-me? Vais cumprir tudo como eu disse! – certifica-se Nobre
- Au! Tira, tira… ai meu deus! – gritava Laurinda, aflita com o que tinha visto

- Agora estás do meu lado!
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Perfume Negro - Página 5 Empty Re: Perfume Negro

Ter Fev 05, 2013 8:26 pm
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Sofia ouve a conversa entre marido e mulher e repara no que Nobre exclama:
- Agora estás do meu lado!
Sofia coloca a mão em frente à boca, surpreendida, e fica intrigada com o que os dois iam fazer, ao fechar a porta da cave.
- Cala-te e tira-me isto daqui! Que nojo, uma barata!
Sofia volta a abrir a porta da cave para saber mais pormenores:
- Pronto, pronto… eu tiro! – afirma Nobre, descansando Laurinda – Já está! Mas percebeste tudo, certo?
- Sim… é o melhor para todos nós, a Valentina vai ter de sofrer as consequências. Vamos ter que acabar com isto tudo!
- Como assim? Vão matar a filha? – sussurra Sofia, ao pé da porta, falando para dentro

Valentina chega à sala e é tranquilizada ao saber que o pai não vai falar com a irmã. Afinal, o mal já estava feito e não havia volta a dar. Logo a seguir, recebe um abraço do pai, e Sofia, ainda perto da porta da cave, vê o olhar cúmplice e assustador entre Nobre e Laurinda! Era a certeza de que precisava! Valentina pede licença aos pais e sem que se apercebessem, vai de encontro com a sua vítima na cave, piscando o olho à mãe, de forma a avisá-la. Sofia rapidamente remonta o cenário, colocando a venda nos olhos e a fita-cola na boca… tudo do mais normal que podia haver! Valentina fecha cuidadosamente a porta e começa a falar com a senhora:
- Ò minha querida, faz esses olhos faz, mas daqui tu não sais! – afirmava Valentina, enquanto afastava a venda da cara de Sofia – ai, mulher… estás tão remexida, Jesus! Bem, eu vou-te tirar a fita-cola, mas nada de jogo sujo
- N… P… na… ju… eles… pod… mat… - diz Sofia, tentando falar
- Pára lá com os engasganços que isso não mete piada nenhuma. Desembucha!
- Dona Valentina… os seus pais…
- Mas os meus pais o quê, chiça!
- Eles querem-lhe matar!
Valentina, pede para repetir… e mais uma vez... e mais uma… Os olhos de Sofia só tornavam a situação ainda mais real! Pergunta novamente se tinha a certeza… levou com uma resposta afirmativa e a explicação do sucedido. E ali ficou, paralisada dos pés à cabeça! Saiu da cave, a bater com os pés no chão, e não bastou uma, mas sim duas estaladas bem dadas à mãe! Laurinda cai no chão e protege a cabeça, já com Nobre fora da divisão.

Patrícia encontra a porta da casa aberta e entra… Valentina apercebe-se e rapidamente chama-lhe à atenção. Enquanto as duas se encontravam atrás do sofá, Patrícia vai pedindo desculpa, mais uma vez, pelo sucedido, apresentado várias desculpas que a irmã podia ter para que o seu pai estivesse lá em casa hospedado, vivo. Pede desculpa por não ter ouvido primeiro a irmã. Mas Valentina coloca a mão à frente da boca dela e aponta para o chão, aponta para a mãe, ainda com dificuldades em respirar, tal foi a força da violência. Patrícia quer ajudar:
- Olha, é assim… - começa Patrícia, num tom muito severo - tu vê lá a porta que daqui a bocado tens uma festa de sem-abrigos cá dentro
- Eu sei… já tive para meter um seguro só para a porta, ainda não parei de rodar o raio da maçaneta. É que anda aqui uma pessoa a tentar descansar mas tem um raio de uma campainha que ainda não parou de tocar! Daqui a nada já nem funciona, mas pronto…
- Senhora! – pergunta Patrícia, imediatamente, logo a seguir, calada pela irmã
- Cala-te!
- Estás parva, olha para o estado daquela senhora, meu Deus!
- Patrícia, não sei se estás a perceber – diz Valentina, segurando a meia-irmã pelos ombros – ela é a minha mãe!
- Então, ainda pior! Rápido temos de ir v…
Valentina interrompe mais uma vez e olha atenciosamente para os dois olhos de Patrícia:

- Eles querem-me matar!
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